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terça-feira, 24 de junho de 2014

Em 8K: vitória do Brasil é exibida em resolução 16 vezes superior ao HD

Imagens em 8K já são uma realidade no Japão. Os engenheiros da rede de comunicação NHK trouxeram a tecnologia para a o Brasil, em um evento realizado nesta segunda-feira (23). E os sortudos puderam assistir à partida da Seleção Brasileira contra Camarões ao vivo, em qualidade 16 vezes superior ao HD, em resolução de 7.680 x 4.320 pixels.
Sistema de projeção 8K: volume de dados proporciona a qualidade incrível (Foto: Taysa Coelho / TechTudo)Sistema de projeção 8K: volume de dados proporciona a qualidade incrível (Foto: Taysa Coelho / TechTudo)

A transmissão foi feita simultaneamente para o Brasil e o Japão. Por aqui, o jogo foi assistido em um telão de 275 polegadas. A tela de projeção era como outra qualquer, e a magia ficava por conta de um projetor de imagens em 8K trazido pela companhia japonesa. Eles, aliás, providenciaram tudo o que foi necessário pra a transmissão: câmeras, equipamentos para conversão e até mesmo as caixas de som.
De acordo com Hiroshi Seno, engenheiro de sistemas da NHK, foram instaladas três câmeras, 8K e duas 4K slow motion, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. As 4K têm as imagens transformadas 8K através de um processo de conversão e o delay total da transmissão é de uns dois segundos. O atraso para a transmissão no Japão também não é muito grande: são apenas 20 segundos.
Centro de recepção de imagens 8K (Foto: Taysa Coelho / TechTudo)Centro de recepção de imagens 8K (Foto: Taysa Coelho / TechTudo)

As câmeras gravam uma imagem panorâmica geral do estádio e é feito um recorte do que será demonstrado. De acordo com Leandro Neuman Ciuffo, gerente de P&D da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) - instituto que forneceu a fibra ótica para a transmissão do jogo - a tendência é usar cada vez menos câmeras para esse tipo de evento, já que, com o tempo, a capacidade de gerar imagens irá melhorar.
A nova tecnologia conta com 22.2 canais de áudio, contra os 7.2 usados atualmente em modelos mais modernos de home theaters. De acordo com Seno, chegou-se a esse número depois de pesquisas, a fim de gerar uma experiência mais imersiva e próxima da realidade possível. Durante o evento, no entanto, foram usadas 33 caixas de som em torno de toda a sala.
A estrutura no local contava com uma central de recepção de imagem gerada no estádio, que a convertia (no caso das 4K slow motion) e a transmitia para a estação onde estava o projetor 8K. O aúdio escutado no evento foi o mesmo ouvido por milhões de brasileiros, concedido pela Fifa. No entanto, segundo os engenheiros, ele era recebido e tratado para ficar com a qualidade desejada.

Imersão total

A ideia para a equipe de engenheiros japoneses é que a tecnologia 8K crie nos espectadores uma sensação de imersão total. Para isso, de acordo com Seno, a técnica utilizada aumenta a imagem sem diminuir os pixels, usando um filtro para produzir isso.
Qualidade das fotos não permite transmitir com precisão a incrível qualidade do 8K (Foto: Taysa Coelho / TechTudo)Qualidade das fotos não permite transmitir com precisão a incrível qualidade do 8K (Foto: Taysa Coelho / TechTudo)

Ainda de acordo com engenheiro, o ideal é que a tela fique em um ângulo de 100 graus em relação a quem assiste à TV. Além disso, para ter uma sensação de estar dentro do programa, seria necessário um aparelho de, pelo menos, 85 polegadas. Aliás, esse é o tamanho do menor protótipo de televisor já produzido com a resolução 8K, feito em parceria com a Sharp. Para telas menores, eles têm outros planos, como usar em procedimentos médicos, como cirurgias.
A imagem de 7.680 x 4.320 pixels gerada pelo projetor 8K é encantadora. A sensação de estar em campo a cada lance, durante as comemorações dos gols ou faltas, é impressionante.  As imagens em zoom permitiam ver todos os detalhes de cada um dos que estavam em campo. E as 33 caixas de som faziam parecer que a torcida estava no salão.
Quem estava lá, inclusive, acredita que nunca mais vai ver TV da mesma maneira. “A qualidade da imagem faz muita diferença”, disse a fonoaudióloga Ivana Lutebark. Impressionada, ela complementtou: “Não vai ser a mesma coisa assistir aos jogos dentro de casa. O som também é incrível”.
Ainda não há previsão de quando o 8K chega ou mesmo de seu preço. (Foto: Taysa Coelho / TechTudo)Ainda não há previsão de quando o 8K chega ou mesmo de seu preço. (Foto: Taysa Coelho / TechTudo)

Mesmo sentados no local indicado para o ângulo de maior imersão, em situações de maior ação ou de super câmera lenta, parte da imagem parecia desfocada para quem assistia. Assim, era preciso deslocar o olhar a para visualizar bem a cena. Segundo Ciuffo, isso ocorre devido à compressão da imagem. Para conseguir transmiti-la ao vivo, usando a fibra óptica do RPN, os japoneses fizeram a transmissão de dados a 300 megabits/s. Sem a compressão, essa velocidade seria de 24 gigabites/s. O objetivo é reduzir essa taxa para 100 megabits/s até 2020. Detalhe: os cabos brasileiros suportam, no máximo, 20 gigabits/s.

Quando a 8K será realidade?

Por enquanto, os engenheiros têm planos de implementar a nova tecnologia apenas no Japão, mas estão abertos a parcerias com emissoras de outros países, inclusive brasileiras. A ideia é começar a transmitir algumas horas de conteúdo por cabo terrestre a partir de 2016 e via satélite em 2020. Segundo a equipe japonesa, ainda não dá para mensurar o quanto uma TV em 8K vai custar, mas acredita-se que, assim como as tecnologias antecessoras, os primeiros produtos nao devam ser dos mais baratos.
Durante a Copa do Mundo no Brasil, serão exibidos nove jogos ao vivo. As imagens, nesta última segunda-feira, foram exibidas para três pontos no Brasil e quatro teatros no Japão. Os interessados em participar das próximas transmissões ou outros testes com conteúdos gravados em 8K podem se inscrever através do site Globo Universidade. Vale ressaltar que, enquanto a resolução 4K engatinha no Brasil, a NHK já utliza a tecnologia em massa no Japão. Por enquanto, inclusive no Japão, ainda são realizados apenas testes. Os engenheiros da NHK fazem eventos para o público geral, na qual colhem opiniões e testam a tecnologia, principalmente na transmissão de programas de esporte. De acordo com Ciuffo, a companhia fez os primeiros experimentos com o 8K nas Olimpíadas de Londres, em 2012. No Brasil, o primeiro teste ocorreu em agosto de 2013, em Brasília, mas foi a transmissão de conteúdo gravado. 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

WhatsApp ou ZapZap? Confira no comparativo qual o melhor bate-papo

De desconhecido a popular em duas semanas, o ZapZap já foi baixado quase meio milhão de vezes, impulsionado pelo buzz que seu lançamento gerou e, é claro, pelos recursos que traz, todos baseados no app de código aberto Telegram. Mas, apesar do sucesso, será que o WhatsApp brasileiro consegue realmente competir de frente com a versão real? Veja o comparativo que o TechTudo preparou e confira se o ZapZap deve algo ao WhatsApp, mensageiro mais popular do país.
ZapZap tem código fonte liberado após polêmica sobre legalidade; entenda
ZapZap (Foto: Luciana Maline/TechTudo)ZapZap, mensageiro brasileiro, consegue superar o WhatsApp?  (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

Contatos – Empate
ZapZap e WhatsApp alimentam sua base de contatos utilizando os telefones gravados na agenda do aparelho. Isso faz com que seja obrigatório ter o número de alguém para poder conversar, o que traz vantagens – não precisa logar com e-mail – e desvantagens – não há lista de contatos online, como no Facebook.
Multimídia – ZapZap
ZapZap pode enviar qualquer arquivo, WhatsApp se limita a vídeo, som e imagem (Foto: Reprodução/Paulo Alves)ZapZap pode enviar qualquer arquivo, WhatsApp se limita a vídeo, som e imagem (Foto: Reprodução/Paulo Alves)
Nesse quesito, o ZapZap leva vantagem. Apesar de o WhatsApp suportar envio de fotos, vídeos, localização, contato e áudio, o app brasileiro é superior pois permite que seus usuários compartilhem qualquer arquivo gravado na memória do aparelho.
Dessa forma, a única exigência para compartilhar algo no ZapZap é que o destinatário tenha um app adequado para abrir o arquivo, como um leitor de PDF, por exemplo. O recurso pode ser muito útil no ambiente de trabalho, meio em que o próprio WhatsApp ganhou muito espaço nos últimos anos.
Emoticons – Empate
Em termos de emoticons, aquelas carinhas e pequenos ícones que expressam emoções do usuário, há novo empate. WhatsApp e ZapZap oferecem o mesmo conjunto de opções agrupadas nas mesmas cinco categorias. Ambos são igualmente bons nesse recurso, não havendo nada que os diferencie.
Visual – WhatsApp
Aparência é bem semelhante, mas ZapZap peca nos banners de publicidade (Foto: Reprodução/Paulo Alves)Aparência é bem semelhante, mas ZapZap peca nos banners de publicidade (Foto: Reprodução/Paulo Alves)
Assim como no Telegram, sua versão customizada ZapZap traz praticamente o mesmo design utilizado no WhatsApp. As únicas diferenças estão na paleta de cores de cada aplicativo, e o papel de parede padrão do ZapZap, que remete ao Brasil – mas pode ser trocado a qualquer momento.
O desempate, portanto, fica por conta dos banners publicitários do ZapZap. Embora não sejam tão invasivos, eles deixam o aplicativo com aparência menos agradável do que seu concorrente, que garante que nunca exibirá anúncios.
Personalização – Empate
O ZapZap, assim como o Telegram, se iguala ao WhatsApp também nas opções de personalização. Elas não são muitas, se limitando à troca do papel de parede das conversas por qualquer uma armazenada no smartphone.
A única diferença entre os dois está na fonte. O WhatsApp exige o download de um app à parte que oferece opções de imagens, enquanto o Telegram as disponibiliza já dentro do mesmo app.
Ligações – Empate
ZapZap e WhatsApp empatam de novo, porém nivelando por baixo. Isso porque ambos não suportam chamadas de voz aos contatos via Internet, se limitando a envio de arquivos de áudio gravados – esse recurso, aliás, funciona da mesma forma nos dois apps. O WhatsApp prometeu que as ligações passarão a integrar o conjunto de funções do mensageiro, mas, enquanto o recurso não sai, o empate fica estabelecido.
Custo – ZapZap
ZapZap é gratuito, enquanto WhatsApp cobra anualmente (Foto: Luciana Maline/TechTudo)ZapZap é gratuito, enquanto WhatsApp cobra anualmente (Foto: Thaisy Pecsén/TechTudo)
WhatsApp é gratuito durante os primeiros meses de uso, período após o qual é cobrada uma taxa de R$ 2,24 anuais para continuar usando. Segundo os criadores, o objetivo é mantê-lo sem anúncios, o que foi reafirmado pelo Facebook após a compra selada em fevereiro.
No entanto, o ZapZap segue a mesma ideia do Telegram e promete não cobrar nada dos usuários. Em contrapartida, o mensageiro brasileiro exibe anúncios como forma de monetizar o programa. Apesar de incomodar alguns usuários, a garantia de gratuidade pode valer a pena.
Plataformas – WhatsApp
Apesar de ZapZap rodar no navegador, WhatsApp está em mais plataformas mobile (Foto: Luciana Maline/TechTudo)Apesar de ZapZap rodar no navegador, WhatsApp está em mais plataformas mobile (Foto: Luciana Maline/TechTudo)


Um dos grandes atrativos do ZapZap frente ao concorrente é sua habilidade de rodar no navegador, recurso que permite mandar e receber mensagens no computador. Porém, ZapZap ainda não tem versões para
 iOS ou Windows Phone, o que deixa o WhatsApp em ampla vantagem nos dispositivos móveis. A boa notícia é que o ZapZap deverá chegar no iPhone no final de junho, e no Windows Phone nos meses seguintes, ainda em 2014. 
Conclusão – WhatsApp
Apesar de estar há mais tempo no mercado, WhatsApp perde para o ZapZap em termos de recursos em geral, como a habilidade de trocar qualquer tipo de arquivo com os contatos ou o acesso via navegador. Além disso, ZapZap usa a nuvem do Telegram para permitir chat criptografado, dedicado a quem não deseja ter suas mensagens interceptadas.
No entanto, a versão brasileira ainda não chega nem perto dos mais de meio bilhão de usuários ativos no WhatsApp. Com menos de meio milhão de downloads e 200 mil usuários ativos, o ZapZap ainda dificulta a troca de mensagens com boa parte dos contatos da agenda. Dessa forma, apesar de obterem os mesmos 6 pontos no comparativo, o número de usuários se tornou o desempate.